A ausência de sensores de presença no vão entre os trens e as portas de plataforma da Linha 5-Lilás, operada pela ViaMobilidade, foi um dos fatores que contribuíram para a morte de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, nesta terça-feira (6), na Estação Campo Limpo. O passageiro ficou preso no espaço entre as portas do trem e da plataforma, vindo a falecer no local.
Diferentemente da Linha 3-Vermelha, operada diretamente pelo Metrô de São Paulo, que já possui sensores de presença nesse tipo de vão, a Linha 5 conta apenas com sensores nos trens para evitar partidas com as portas abertas. Em resposta ao acidente, a ViaMobilidade anunciou a instalação de sensores de presença nas plataformas até fevereiro de 2026. Segundo o presidente da concessionária, Francisco Pierrini, barreiras físicas provisórias, como hastes metálicas, serão implementadas até a conclusão do projeto.
Especialistas apontam falhas no projeto e na segurança da linha operada pela concessionária. Para o engenheiro e ex-metroviário Peter Alouche, a ausência de sensores impede a detecção de pessoas no vão, o que compromete a segurança. Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos, ressalta que o espaço físico entre as portas deveria ser insuficiente para acomodar uma pessoa, como já ocorre em outros metrôs ao redor do mundo.
O Sindicato dos Metroviários criticou a falta de dispositivos de segurança equivalentes aos das linhas operadas pelo governo estadual, como sensores, barreiras mais robustas e maior presença de funcionários nas plataformas.
A ViaMobilidade e o governo estadual afirmam estar comprometidos com melhorias, mas o caso reacende o debate sobre a qualidade da segurança nas linhas concedidas à iniciativa privada.
Fonte: G1
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