O Governo de São Paulo reforça a importância da vacinação contra a dengue, com foco na imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha, que ocorre em 392 municípios paulistas conforme diretrizes do Ministério da Saúde, visa conter a doença, que já registrou 158 mil casos e 140 óbitos no estado, incluindo o falecimento de duas crianças dentro da faixa etária prioritária.
Cobertura vacinal na região
Apesar da importância da vacinação, os índices de cobertura na região de Osasco ainda estão abaixo do ideal. Segundo dados divulgados, a adesão à primeira dose varia entre 10,01% (Jandira) e 23,84% (Osasco), enquanto a segunda dose, necessária para a imunização completa, apresenta índices ainda menores, como 2,39% em Jandira e 7,75% em Santana de Parnaíba.
| Município | Cobertura da 1ª dose | Cobertura da 2ª dose |
|---|---|---|
| Barueri | 21,12% | 4,86% |
| Carapicuíba | 19,86% | 5,25% |
| Itapevi | 12,30% | 2,59% |
| Jandira | 10,01% | 2,39% |
| Osasco | 23,84% | 7,34% |
| Pirapora do Bom Jesus | 18,52% | 3,56% |
| Santana de Parnaíba | 22,35% | 7,75% |
Como funciona a vacinação?
A imunização é feita em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Os pais ou responsáveis devem levar as crianças e adolescentes à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, portando documento de identidade, caderneta de vacinação e comprovante de residência ou escolaridade.
Se a criança ou adolescente for diagnosticado com dengue antes da vacinação, deve aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Caso a infecção ocorra após a primeira dose, a segunda pode ser administrada respeitando um intervalo de 30 dias após a doença.
Expansão da faixa etária
Conforme uma nota técnica do Ministério da Saúde, estados e municípios podem ampliar a faixa etária da vacinação conforme a disponibilidade dos imunizantes. Em São Paulo, 16 cidades já adotaram a medida, incluindo Santa Branca, Quintana, Macatuba e Lençóis Paulista, que passaram a vacinar pessoas de 4 a 59 anos.
Vacina do Butantan pode revolucionar o combate à dengue
O Instituto Butantan submeteu à Anvisa, em dezembro de 2024, o último pacote de documentos para aprovação de sua nova vacina contra a dengue. O imunizante tetravalente, desenvolvido para proteger contra os quatro sorotipos do vírus, será administrado em dose única e pode ser um divisor de águas no combate à doença.
A produção da vacina já foi iniciada, e a expectativa é de que 1 milhão de doses sejam disponibilizadas ainda em 2025, com uma meta de produção de 100 milhões de doses até 2027. Estudos publicados no New England Journal of Medicine apontam uma eficácia de 79,6% contra casos sintomáticos e 89% contra dengue grave, com proteção duradoura de até cinco anos.
A vacinação continua sendo uma das principais estratégias para conter a dengue, mas a baixa adesão reflete a necessidade de campanhas mais eficazes de conscientização para ampliar a cobertura e evitar novas mortes.
Fonte: Giro SA
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