Estado busca ampliar cobertura vacinal para conter avanço da doença
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou, nesta quinta-feira (30), a morte de um primata infectado por febre amarela em Osasco. O caso acendeu um alerta para a necessidade de reforço na imunização da população, levando o estado a solicitar seis milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde.
De acordo com a Secretaria, o Ministério enviou 300 mil doses nesta semana e prometeu encaminhar mais um milhão até a próxima semana. A meta é vacinar 95% da população, mas, atualmente, a cobertura vacinal está em 80%.
Casos confirmados e transmissão da doença
Até o momento, São Paulo registrou oito casos de febre amarela em humanos, sendo que sete foram contraídos dentro do estado. Nenhum dos pacientes infectados havia sido vacinado. Quatro desses casos resultaram em óbito.
Os locais de provável infecção são:
- Socorro – quatro casos
- Joanópolis – dois casos
- Tuiuti – um caso
- Itapeva (MG) – um caso importado
Em relação aos primatas, que funcionam como sentinelas para a circulação do vírus, já foram confirmados 25 casos de febre amarela no estado. As cidades afetadas incluem Ribeirão Preto (20 casos), Pinhalzinho, Socorro, Colina, Campinas e Osasco, com um caso cada.
É importante ressaltar que os macacos não transmitem a febre amarela. A doença é causada pelo vírus transmitido pela picada de mosquitos silvestres, comuns em áreas de mata.
Vacinação: única forma de prevenção
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário nacional de imunização e está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado. O esquema vacinal é o seguinte:
- Crianças: primeira dose aos nove meses e reforço aos quatro anos.
- Adultos e crianças acima de cinco anos: dose única, válida para toda a vida.
Nos últimos seis meses, o Ministério da Saúde distribuiu 11 milhões de doses do imunizante, sendo 3,5 milhões apenas em janeiro. São Paulo recebeu um milhão dessas doses.
A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância da vacinação como principal estratégia de combate à doença, especialmente para quem vive ou pretende viajar para áreas de risco.
Febre amarela no Brasil
A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942. Atualmente, a transmissão ocorre apenas em ambientes silvestres, através da picada de mosquitos infectados.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem:
✔ Febre de início súbito
✔ Calafrios
✔ Dor de cabeça intensa
✔ Dores musculares (principalmente nas costas)
✔ Náuseas e vômitos
✔ Fadiga e fraqueza
Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações hepáticas e renais, com risco de morte.
A população também pode colaborar com a vigilância sanitária ao relatar o aparecimento de macacos mortos às autoridades locais, para que o controle da doença seja mais eficiente.
A mobilização para ampliar a cobertura vacinal é essencial para evitar novos casos e conter a circulação do vírus no estado.
Fonte: Giro SA
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