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Apostadores têm até 10 de outubro para retirar dinheiro de sites de apostas

Apostadores têm até 10 de outubro para retirar dinheiro de sites irregulares, antes do bloqueio de 600 plataformas. O mercado regulado de apostas começará em janeiro de 2025, com regras mais rígidas.
Imagem: Giro SA

Ministério da Fazenda autoriza 199 marcas a operar legalmente no Brasil. Mercado regulado de apostas começa apenas em janeiro de 2025.

Os apostadores brasileiros que utilizam sites de apostas online têm até o dia 10 de outubro para retirar seu dinheiro das plataformas irregulares. A partir do dia 11, cerca de 600 sites de apostas ilegais serão bloqueados no Brasil, conforme anunciado pelo Ministério da Fazenda. A orientação para os usuários é que resgatem seus recursos para evitar a perda do valor investido.

A regulamentação desse mercado já começou, e o Ministério da Fazenda autorizou 193 marcas de 89 empresas de apostas, conhecidas como “bets”, a continuar operando no país. Além disso, seis outras marcas, de seis empresas, receberam permissão para atuar em nível estadual. Apesar disso, o mercado regulado entrará em vigor oficialmente apenas em 1º de janeiro de 2025, quando as regras serão mais rígidas e todas as apostas deverão estar dentro das novas diretrizes.

Impacto social e financeiro

O crescimento das apostas online no Brasil tem levantado preocupações, principalmente devido à vulnerabilidade das famílias de baixa renda. Em agosto, cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família usaram recursos do programa para apostar, movimentando mais de R$ 3 bilhões em plataformas de apostas via Pix. Aproximadamente 70% desses apostadores são chefes de família, que direcionaram em média R$ 100 cada para as apostas, segundo dados da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin).

Reinaldo Domingos, presidente da Abefin, alerta para o risco de dependência financeira e emocional, especialmente para quem está em situação de vulnerabilidade. “Aposta esportiva não é investimento nem renda extra”, enfatiza Domingos, reforçando que o apelo comercial de enriquecimento rápido atrai, principalmente, as famílias mais afetadas pela crise econômica.

Educação financeira como prevenção

Para aqueles que insistem em utilizar parte de sua renda em apostas, Domingos recomenda seguir algumas regras importantes:

  1. Encare a aposta como lazer, e não como fonte de renda;
  2. Defina um limite financeiro para gastar com entretenimento e apostas;
  3. Não direcione todos os recursos destinados ao lazer para apostas;
  4. Evite apostas se você já possui outros vícios;
  5. Controle o tempo gasto jogando e, se perceber impulsos descontrolados, pare imediatamente.

Divulgação e consequências

As apostas esportivas vêm ganhando espaço nos últimos anos, impulsionadas por grandes campanhas publicitárias, influenciadores digitais e patrocínios em camisas de jogadores de futebol. Apesar da crescente popularidade, o vício em apostas tem gerado casos de endividamento, perda de bens e problemas financeiros em várias famílias. Jogadores de futebol e influenciadores digitais têm sido parte importante na divulgação dessas plataformas.

Recentemente, a advogada e influenciadora Deolane Bezerra foi presa durante a Operação Integration, que investigava um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. O caso reforça a complexidade das operações de apostas online no Brasil e os desafios que as autoridades enfrentarão para regular o mercado.

Com o bloqueio das páginas ilegais a partir de 11 de outubro, o Brasil dá os primeiros passos para controlar um mercado que movimenta bilhões, mas que também tem um impacto social significativo, especialmente nas camadas mais vulneráveis da população.


Fonte: Giro SA


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